Atualização Importante: Procedimentos para o Preenchimento do Relatório de Transparência Salarial

Autores: Letícia Neves e Rafael Mello

As empresas estão obrigadas a preencher o Relatório de Transparência Salarial, com o objetivo de promover a igualdade salarial entre homens e mulheres. O prazo para cumprimento dessa obrigação inicia em 22 de janeiro e vai até 29 de fevereiro.

Para facilitar o processo, as empresas devem acessar a área do empregador no Portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde poderão preencher ou atualizar os dados necessários. É fundamental que aquelas empresas que já utilizam o sistema e-Social para relatórios salariais realizem a atualização ou complementação de suas informações de acordo com as novas exigências.

O formulário eletrônico do relatório exige que as empresas detalhem o número total de trabalhadores, discriminados por sexo, raça e etnia. Além disso, as informações solicitadas incluem a descrição dos cargos ou ocupações, bem como uma detalhada enumeração das remunerações. Isso abrange o salário contratual, 13º salário, comissões, horas extras, adicionais noturnos, de insalubridade, descanso semanal remunerado, gorjetas, terço de férias, aviso prévio trabalhado, entre outras compensações previstas em normas coletivas de trabalho.

Neste contexto, os departamentos jurídicos e de recursos humanos das empresas devem adotar medidas estratégicas para abordar e evitar possíveis inconsistências nesse relatório:

Análise de Dados no e-Social: É fundamental revisar as informações inseridas no e-Social relacionadas a cargos e à Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Identifique se ajustes são necessários para refletir mais precisamente a realidade da empresa e minimizar riscos de indicações errôneas de diferenças salariais.

Avaliação dos Salários e Remunerações: Examine os salários e outras formas de remuneração por cargos e CBO, antecipando possíveis disparidades que o Ministério possa apontar.

Justificativas Jurídicas para Diferenças Salariais: Caso o Ministério identifique diferenças salariais, prepare justificativas jurídicas sólidas para explicar essas discrepâncias. Garanta que as razões apresentadas estejam alinhadas com as normas legais vigentes.

Formalização de Políticas de Remuneração Variável: Verifique se é necessário formalizar políticas ou programas de remuneração variável. Isso fortalecerá as justificativas relacionadas ao desempenho, criando uma base legal mais sólida.

Análise do Sistema de Avaliação de Performance: Assegure-se de que os sistemas de avaliação de desempenho individual estejam juridicamente consistentes. Os formulários de avaliação devem ser claros, justos e objetivos para fortalecer a defesa contra alegações de disparidades injustificadas.

Análise Pós-Relatório do Ministério: Após receber o relatório do Ministério, analise minuciosamente as diferenças salariais apontadas para confirmar se estão ou não dentro dos parâmetros legais. Esta análise é crucial para identificar possíveis erros ou discrepâncias.

Temos assessorado nossos na implementação estratégica de medidas de compliance trabalhista como as que acima mencionadas, o que nos permite constatar que a preparação de maneira eficaz para o novo relatório de transparência salarial, por vezes através de medidas simples, garantirá a conformidade como novo regramento tratado neste informativo e certamente prevenirá litígios e evitará riscos legais e reputacionais.

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