Dados sigilosos de brasileiros são supostamente comercializados pelo Facebook

No último dia 05 de dezembro foram descobertos novos roubos de dados pessoais no mercado. As informações de proteção de dados seriam retiradas de páginas de órgãos públicos e negociadas junto ao grupo Meta, detentora do Facebook, em valores em torno de R$200,00 por dados pessoais de milhões de brasileiros.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, os criminosos retirariam as informações do Sistema Único de Saúde, o SUS, Secretaria Nacional de Trânsito, bem como em canais da Receita Federal, além do Instituto Nacional de Segurança Social, o INSS, na parte financeira da Boa Vista e no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal.

Supostamente, os vendedores separariam as informações que são comercializadas em espécies de “grupos”, que só podem ser cedidas pelo preenchimento de logins e senhas especiais. Após a aquisição, o comprador receberia, tanto os dados pessoais, como os dados pessoais sensíveis, como por exemplo: nome completo; endereço; CPF; RG; nomes de descendentes e ascendentes; renda; assinatura da CNH; título de eleitor; benefícios sociais cedidos pelo governo, bem como eventuais informações criminais e/ou civis em nome das pessoas envolvidas.

Ainda assim, ressalta-se que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ANPD, até o momento informou a inexistência de processo de fiscalização, sendo necessária a verificação se os vazamentos não são decorrentes de outros atos.

No mais, a Rede Globo de Comunicação, indicou a localidade do site onde as transações são feitas. O serviço funciona em meio a assinatura no valor de R$50,00 semanais para acesso. Aparentemente, a recorrência dessas vendas não ocorre na “sub-net”, conhecida como Deep Web, mas sim em locais de fácil acesso a qualquer grupo, como o próprio Facebook, maior rede social do planeta, por meio de seu bate-papo convencional.

Esse caso é mais um exemplo sobre como o mapeamento de dados é uma ferramenta essencial dentro de um programa de implementação da LGPD, como forma de dar visibilidade do circuito da informação dentro de uma empresa e na sua respetiva cadeia mercadológica, para a partir desse discernimento serem tratados os reais riscos que as operações de tratamento de dados podem ensejar.

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/extra/2021/12/05/Criminosos-vendem-dados-sigilosos-de-milh%C3%B5es-de-brasileiros

Por: Leonardo Neri, Fernanda Lobato e Fabiana Porta

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