Geração TikTok expõe bancos internacionais em meio a febre de vídeos curtos

Por: Leonardo Neri

Os últimos anos foram de fato uma quebra de rotina da sociedade global, a aparição da pandemia que isolou o convívio social e de trabalho durou tanto tempo que nem os maiores pessimistas acreditavam, quase dois anos de afastamento geraram impactos que precisam ser adequados ao novo estilo de vida.

Neste período, a explosão do TikTok tomou conta do mundo todo, muito para suprir o tédio diário por estar “trancado” em casa. Com a volta a rotina normal, pessoas que estavam acostumadas a demonstrar o seu dia a dia nesta rede social não pararam de produzir conteúdo.

Com isso, foi oportunizado uma forma de expandir a produção dos vídeos para fora de ambiente do lar. Muitos usuários entenderam como uma boa forma de impressionar os superiores mostrar suas rotinas de compras, idas ao salão de beleza etc., em vídeos que bateram mais de 2 milhões de curtidas.

No entanto, é de se ressaltar a necessidade do cuidado em dizer onde e com quem trabalha. A nova geração cresceu com o compartilhamento de uma vida, mesmo que fantasiosa, nas redes sociais, seja por meio de fotos, vídeos ou vlogs, não compreendendo o motivo de cuidado apenas devido ao ingresso no mundo corporativo, um ideal que é distinto do pensado em Wall Street, cujo valor é a confidencialidade extrema.

Para os conservadores da economia, a espécie de vídeos postados no TikTok pode servir como munição para atração de jovens talentos, mas também mostram uma cultura de trabalho extremo.

Como é o caso de vídeos de estagiários do JPMorgan em barcos de Manhattan; como de funcionários do Morgan Stanley saboreando comidas em treinamento de verão; como também o outro lado da moeda, que é o caso de funcionários exercendo suas funções logo cedo antes do sol nascer, ou analistas trabalhando após meia-noite.

Vale dizer que hoje em dia empresas relutam a manter tal cultura, enquanto outras cederam ao sistema moderno, o Goldman Sachs, por exemplo, planeja abrir uma conta no TikTok para mostrar o dia-dia dos funcionários, mesmo que já tenham exigido exclusão de vídeos que alegam violar suas diretrizes.

Todavia, por mais que a necessidade de mundo seja se adequar e evitar censura, os funcionários ainda optam por evitar divulgar o ambiente corporativo em que trabalham, afinal, a proteção empregatícia fala mais alto que a curta fama em redes sociais.

Por fim, além do bom senso de cada indivíduo, é importante os funcionários e colaboradores se atentarem a governança e o programas de Compliance de suas respectivas empresas, antes de começarem a expor situações que contrapões às políticas internas institucionais.

Fonte: https://valor-globo-com.cdn.ampproject.org/c/s/valor.globo.com/google/amp/financas/noticia/2022/08/24/como-os-videos-da-geracao-z-no-tiktok-estao-expondo-os-bancos-americanos.ghtml

Com a Colaboração de Barbara Gomes e Pedro Sobolewski

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