Por: Leonardo Neri
Segundo empresas de segurança digital, como Q6, D3Lab e Cyble, teria ocorrido novamente um ataque a dados internacionais, dessa vez, acredita-se que foi movido pelo grupo All World Cards, totalizando 1 milhão de vazamentos, onde 72 mil são de brasileiros, em bancos como Santander; Itaú; Bradesco; Nubank; Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal; Inter; Bancoop; e Votorantim.
Vale ressaltar, que diferentemente de ‘sequestradores de dados’, o grupo optou por divulgar as informações de forma gratuita. Entretanto, os acessos são relativamente complicados, sendo necessário adentrar ao subúrbio da internet, conhecido como “deepweb”. A priori, a título de curiosidade, são nesses ordenamentos digitais que as vendas de mercadorias ilícitas são em sua maior parte realizadas.
As empresas responsáveis por vazar a informação do roubo alegam que em torno de 136 países estão diretamente envolvidos, e metade dos dados estão concentrados em países como: Índia, México, Estados Unidos, Austrália e Brasil. A D3Lab, afirma que dos cartões violados, 50% ainda estão em circulação ativa. Outrossim, ficou confirmado que a ação ocorreu no período de 2018 e 2019, com interesses voltados ao número do cartão de crédito, data de validade, CVV, nome, país, estado, cidade, endereço, CEP, e-mail e número telefônico.
No Brasil, esses tipos de ações golpistas não são incomuns, afinal, no ano passado, em relatório divulgado pela segurança cibernética Axur, 45,4% dos golpes internacionais fizeram alvos as vítimas brasileiras, representando em torno de 2.842.779 cartões em exposição. A mesma instituição confirma que, dos 10 grupos financeiros analisados, 7 são residentes no Brasil.
O líder da Axur, Eduardo Schultze, alega que o número no maior país da América do Sul é elevado, pelo grande número populacional, além da falta de acesso ao entendimento de como efetuar compras online, aumentando a sujeição de golpes (como é o caso do phising – onde a vítima adentra a site falsos, por link enviado via WhatsApp ou recebimento em correio eletrônico; outro caso muito comum, é nomeado como Malwares, baseado em vírus monitor de todos os dados descritos pela vítima).
Por tais circunstâncias, anteriormente citadas, a Idewall relata que a tendência de golpes virtuais apresenta alta de 200% em dados de brasileiros já falecidos, entre os anos de 2018 e 2020.
Fonte: https://nodetalhe.com.br/grupo-russo-vaza-dados-de-1-milhao-de-cartoes-de-credito/
Sub-Fontes: TecMundo; Metrópoles; Olhar Digital e Extra