Por: Leonardo Neri
Por mais uma vez, a plataforma e rede social voltada a divulgação de trabalhos e execução de contratos profissionais, LinkedIn, foi alvo de denúncias, tendo sido alegado violação da segurança digital dos usuários. A acusação alega o vazamento de informação de 700 milhões de usuários, quase 93% do total de pessoas cadastradas.
A empresa Restore Privacy, por meio de seu site, foi quem divulgou o caso no último dia 22 de junho.
Ademais, em nota, o grupo afirma que um hacker postou em fóruns especializados em crimes cibernéticos, que havia esses dados coletados para venda, disponibilizando na forma de “amostra grátis” aproximadamente 1 milhão de perfis.
Em reportagem, a equipe divulgadora ainda deixou claro que nenhuma senha, número de cartão e etc. foram expostos. Todavia, foi confirmado a veracidade dos dados.
Vale ressaltar, que na amostra disponibilizada pelo hacker apresentava: Nomes completos; Endereço dos e-mails; Telefones; Endereços residenciais e de empresas; Registros de localização; Nomes do usuário; Link do perfil; Histórico profissional; Salários; e Outras contas de redes sociais.
Em resposta, o LinkedIn alega não se tratar de violação de dados, seguindo a mesma linha de raciocínio da TILT: “[…] queremos deixar claro que não se trata de um vazamento e que nenhuma informação privada de usuários do LinkedIn foi exposta. Nossa análise inicial descobriu que esses dados foram extraídos do LinkedIn e de outros sites e inclui as mesmas informações relatadas no início deste ano.”
No mais, a reportagem trazida pelo UOL, apresenta os potenciais riscos relacionados ao suposto vazamento, sendo principalmente, o cruzamento de informações por criminosos digitais para que se possa traçar de forma mais incisiva as características das vítimas para aplicação de golpes. Um exemplo clássico, o “Golpe do Whatsapp”. Rodolfo Avelino, professor do Insper e especialista em segurança da informação, afirma que a condução das vítimas para um cenário de fraude pode ocorrer por inúmeros meios digitais, dotados de histórias reais, justamente pelo acúmulo das informações e a utilização de má-fé.
O ideal, no caso do LinkedIn é que se troque a senha em situações periódicas, além de ignorar e-mails, ligações ou mensagens que se entendam com suspeita, não repassando em hipótese alguma, informações.
Anteriormente, a rede social, em abril de 2021, também esteve envolvida em escândalo digital, reportado pela Cyber News, alegando o possível vazamento de 500 milhões de dados, sendo essas contas, colocadas a vendas por hackers. As informações vazadas eram similares as anteriormente citadas. Na época a plataforma confirmou o vazamento.
O que devemos refletir nesse caso, é se o vazamento foi realmente oriundo de informações públicas ou confidenciais dos usuários e, em cada caso, averiguar qual seria a responsabilidade da plataforma, diante de um cenário cibernético que se desenvolve diariamente com novas possibilidades. Nesse sentido, a apuração do feito e como o programa de implementação da LGPD foi executado no LinkedIn, é essencial para que tenhamos as primeiras respostas aos questionamentos.