Com a fortificação das vendas online, golpistas convencem vítimas com entregas falsas e exigindo foto de confirmação. Com isso, os dados pessoais vazados são utilizados para formação de financiamento de milhares de reais.
Foi o que ocorreu com uma consumidora por mensagem de WhatsApp de uma pseudo-floricultura, comunicando-a o recebimento de flores em seu nome e que a entrega deveria ser feita pessoalmente. Após retirada da mercadoria, a embalagem contava apenas com 2 cremes, necessitando que fosse tirada uma foto de confirmação do cliente para verificar que o “produto” havia sido extraviado e/ou trocado.
Após o envio da imagem, o Banco da vítima entrou em contato confirmando o crédito de R$90 mil em financiamento veicular.
Esse golpe tem como principal pilar a identificação biométrica juntamente aos dados pessoais anteriormente separados. Tal golpe necessita que a imagem seja de momento pois a identificação biométrica, hoje tendência no país, busca autenticar identidades.
Os bancos por saberem do risco iminente, encaminham um link ao cliente onde será capturada a imagem pessoal e o seu documento. Todavia, para burlar o sistema, o falso entregador, já logado no aplicativo do banco, cobre a tela do celular para enganar a vítima, que se vincula a uma solicitação de financiamento.
No mais, já foram constatados esses meios de furtos cibernéticos pelos mesmos golpistas que aplicaram na aludida consumidora, fazendo vítimas em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, cidades de Santa Catarina e Paraná, além de São Paulo.
Tais fatos corroboram o papel das instituições financeiras de aumentarem seus esforços nos programas de compliance em privacidade, para além da criação de políticas, mas também pelo exercício da prevenção por meio de treinamentos e monitoramento constante do programa de segurança da informação e conscientização de seus funcionários.
Por: Leonardo Neri, Fernanda Lobato e Fabiana Porta