A cerca de dois meses, um prestador de serviços do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), foi invadida, sendo sequestradas informações sensíveis (que segundo a LGPD, são caracterizadas como dados pessoais que revelam origem racial, étnica, política, religião, filiações, genética, biometrias, saúde, vida sexual e/ou sexualidade), além de: Nomes Completos, documentação (comprovante de situação cadastral), endereço e data de nascimento de colaboradores e ex-funcionários, repercutindo também nos empregados do SBT.
Em comunicado, o grupo televisivo citou que: “Ao sermos informados desse fato, em conjunto com o prestador de serviço, tomamos todas as medidas legais e operacionais em relação ao incidente, para a proteção dos dados dos titulares envolvidos”.
Após a possível lesão a privacidade de inúmeras pessoas, o SBT criou o disque denúncia 0800 e um endereço de correio eletrônico para citação de qualquer atividade suspeita por parte dos ofendidos, como também se disponibilizou à retirada de dúvidas dos titulares de dados.
O SBT informou que não foi possível identificar quantas pessoas sofreram com o ataque. Segundo nota emitida: “Todas as medidas de segurança necessárias ao fortalecimento da nossa estrutura de governança e segurança da informação continuam sendo reiteradas para maior proteção de seus dados pessoais”.
Tal acontecimento traz à tona mais um caso de falha na segurança da informação que afeta diretamente os direitos dos titulares de dados protegidos pela LGPD, agora no âmbito de uma das redes de comunicação mais conhecidas do Brasil, evidenciando que não há alternativa para as empresas se esquivarem da adequação aos preceitos da privacidade e proteção de dados, visto que trata-se de movimento global que impacta simultaneamente todos os entes empresariais de uma economia conectada, independentemente do setor da atividade econômica exercida.
