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Crime-digital, no Brasil, teve aumento de 300% desde o início da pandemia

16 de julho de 2021

Por: Leonardo Neri

Por meio de estudos realizados por especialistas em ciber-segurança, as empresas se tornaram mais vulneráveis devido o acesso remoto de trabalho, o home-office. É possível afirmar nesse estudo de dados, fornecidos pela Kaspersky, que ataques em via de ferramentas ao acesso remoto aumentaram 333% no Brasil, mais especificamente no período de fevereiro e abril desse ano. Entretanto, desse enorme percentual, ainda não se pode confirmar quantos tiveram evolução para crime de dupla extorsão.

Todavia, o crime digital mais comum age da seguinte forma: Hackers invadem os sistemas, roubam os dados, criptografam (conjunto de técnicas para cifrar a escrita, torná-la ininteligível para os que não tenham acesso às convenções combinadas) a rede interna e, posteriormente, pedem um resgate para a liberação das informações furtadas, para evitar que sejam vendidas, ou divulgadas em mercados paralelos, como a “deep web”.

O El País afirma que no Brasil, a CPFL, Cosan, Aliansce Sonae e Arteris já foram vítimas dessa ação criminosa, além da empresa portuguesa EDP, que atua na área elétrica do país latino-americano.

Em levantamento efetuado, em torno de 11 gangues agem nos crimes de dupla extorsão. Os hackers atacaram ao menos 100 empresas, ao menos 22 se recusaram ao pagamento, tendo seus dados leiloados em fóruns em tempo real.

Um exemplo de leilão, envolve os dados pessoais da pop star Mariah Carey, sendo o lance inicial na casa dos US$ 600 mil. Outro caso, liderado pelo grupo ciber-criminoso denominado Neflim, mostra em fóruns de hackers dados do sistema das empresas Cosan, Aliansce Sonae e Arteris.

Na América Latina, o Brasil lidera o número de ataques, e torno de 60% do total (47,5 milhões), seguido por Colômbia (11,9 milhões), México (9,3 milhões), Chile (4,3 milhões), Peru (3,6 milhões) e Argentina (2,6 milhões).

Carlos Sampaio, gerente de TI do CESAR alertou que o aumento de casos durante a pandemia não é coincidência “Redes sem certificação, roteadores abertos, maior volume de conexões na vizinhança, tudo isso pode se tornar portas de entradas para pessoas mal intencionadas.”

 

Fonte: El País

https://olhardigital.com.br/2020/07/03/seguranca/cibercrime-ataques-no-brasil-aumentam-mais-de-300-com-a-pandemia/

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